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Assessment de Competências como Alicerce do RH Estratégico
No contexto de gestão
de pessoas, uma das maiores demandas do RH é tomar decisões cada vez mais
embasadas, eficientes e alinhadas à estratégia do negócio. Nesse cenário, o assessment
de competências emerge como uma ferramenta poderosa para elevar a
assertividade nas escolhas de seleção, movimentação interna, promoção,
desenvolvimento e sucessão.
Mas o que realmente
significa “assessment de competências”? Trata-se de um processo estruturado
para identificar o perfil comportamental, cognitivo, motivacional e de aptidões
dos profissionais — não apenas com base no currículo, mas integrando dados quantitativos
e qualitativos que revelam potencialidades ocultas. A avaliação estratégica de
RH, que foca em competências-chave para o negócio, permite que decisões sejam
tomadas com mais precisão e menor risco.
Ferramentas
consagradas como SHL e Harrison Assessments têm se destacado por
combinar ciência de dados, psicometria e tecnologia para gerar relatórios
preditivos que orientam a gestão de talentos. Quando bem aplicados, esses
instrumentos transformam o capital humano em diferencial competitivo.
Neste artigo,
exploraremos com profundidade o conceito, as metodologias, os benefícios, os
desafios e o processo de implementação de um assessment de competências
estratégico. Em seguida, apresentaremos como as ferramentas SHL e Harrison
Assessments podem ser integradas ao RH e, por fim, recomendaremos como a
StautGROUP pode apoiar empresas na jornada de adoção e maturidade dessa
prática.
Por que o
assessment de competências é estratégico para o RH moderno?
Do operacional ao
estratégico: a evolução da função de RH
Historicamente, o RH
era visto como uma função essencialmente operacional: gestão de folha,
benefícios, recrutamento e processos administrativos. Nos últimos anos, com a
pressão por resultados, aumento da competitividade e transformações
tecnológicas, o RH vem se reposicionando como parceiro estratégico do negócio.
De acordo com o relatório Global Talent Trends 2024-2025, o uso de
assessment aliado à tecnologia é justamente uma das formas de “drive
human-centric productivity” (produtividade centrada nas pessoas) apontada como
uma prioridade para 2025.
Quando o assessment de
competências é aplicado com maturidade, ele permite não só identificar gaps de
habilidades, mas projetar tendências de desenvolvimento, antecipar sucessões e
promover mobilidade interna assertiva. Ele apoia o RH a “falar a linguagem do
negócio”, fornecendo dados concretos para justificar investimentos em
treinamentos, promoções e reestruturações.
Redução de risco e
custo nas decisões de RH
Decidir “no feeling”
ou apenas com a intuição pode gerar erros caros: contratação equivocada, baixa
retenção, conflitos culturais ou desempenho abaixo do esperado. Um assessment
de competências bem estruturado atua como mitigador desses riscos, oferecendo:
- Comparativos entre candidatos ou
colaboradores segundo parâmetros objetivos
- Identificação de discrepâncias entre o
perfil desejado e o perfil observado
- Direcionamento de ações corretivas ou de
treinamento
- Priorização de recursos em talentos com
maior aderência
Além disso, com dados
embasados, o RH pode sustentar decisões perante CEOs, CFOs ou conselhos,
reforçando sua credibilidade interna.
Metodologias e
tipos de assessment de competências
Avaliação
comportamental, cognitiva e motivacional
Um assessment completo
costuma combinar diferentes vertentes:
- Comportamental / de personalidade: mensura traços como resiliência,
proatividade, adaptabilidade, liderança, assertividade etc.
- Cognitivo / raciocínio / inteligência: mede capacidade analítica, velocidade de
processamento, raciocínio lógico e capacidade de aprender.
- Motivacional / valores / interesses: revela o que motiva cada indivíduo,
quais contextos favorecem engajamento e onde ele se sente realizado.
- Competências técnicas específicas ou
simuladas: exercícios
práticos, simulações ou casos que testem habilidades técnicas ou
específicas do cargo.
Combinar essas
dimensões permite que o RH gire uma lente mais completa sobre cada pessoa — não
apenas o que ela faz bem, mas quem ela é, como se motiva e o que pode entregar
no futuro.
Formatos de
aplicação: online, centro de avaliação, dinâmicas
- Online / questionários adaptativos: testes psicológicos, escalas, modelos
adaptativos (como SHL adapta itens conforme respostas anteriores).
- Assessment center / dinâmicas de grupo: simulações, estudos de caso, painel
comportamental, role playings.
- Entrevistas estruturadas apoiadas por
ferramentas: o assessor
aplica scripts com base nos perfis gerados pelo assessment.
- Debriefing e feedback personalizado: entregar resultados, promover
autoconhecimento e construir planos de ação.
A escolha do formato —
híbrido ou totalmente virtual — depende de fatores como escala, orçamento,
maturidade do RH e perfil da empresa.
Métricas e
indicadores usados em assessments
Para que um assessment
de competências seja efetivo, ele precisa gerar indicadores confiáveis, tais
como:
- Fit entre perfil e função ou aderência ao modelo de competências do
cargo
- Gap de habilidades / lacunas identificadas
- Pontuações comparativas entre grupos ou com benchmarks
- Scores preditivos de desempenho futuro
- Potencial de desenvolvimento ou readiness para promoções
- Mapeamento de derailleurs (traços de
risco) quando perfil
muito extremo
Esses indicadores
devem ser integrados com os sistemas de RH (por exemplo, LMS, ERP de RH,
sistemas de talentos) para que possam alimentar relatórios estratégicos.
Exemplos de
ferramentas robustas: SHL e Harrison Assessments
SHL: tradição,
adaptatividade e benchmark
A SHL é um nome
consolidado no universo de assessment corporativo. Conhecida por oferecer
testes cognitivos, de personalidade e de habilidades específicas, a plataforma
SHL permite:
- Avaliação adaptativa (ajuste de grau de
dificuldade conforme respostas anteriores)
- Comparação com um banco global de dados
(benchmarks internacionais)
- Relatórios de previsão de desempenho e fit
com a cultura
- Integração com módulos de talent analytics
Em muitos processos de
seleção e assessment internos, a SHL serve como “baseline técnica” para
comparar perfis internos e externos. O uso de benchmarks robustos fortalece a
credibilidade dos resultados.
Harrison
Assessments: abordagem preditiva e soluções completas
A Harrison
Assessments (já presente nos serviços da StautGROUP) utiliza o que denomina
SmartQuestionnaire®, abordando cerca de 175 fatores que influenciam
sucesso na carreira, com agregações comportamentais e tendências paradoxy
(traços “forte vs. risco”).
Os relatórios da
Harrison mostram:
- Compatibilidade entre pessoa e cargo (Job
Success Analysis)
- Aspectos de engajamento e expectativas
(Engagement & Retention)
- Paradox Graphs (relações entre traços
opostos)
- Guias de entrevista e recomendações de
desenvolvimento
Além disso, a Harrison
oferece suporte para seleção, desenvolvimento, transição de carreira e
planejamento sucessório — ou seja, cobertura em todo o ciclo de gestão de
talentos.
Em geral, a escolha
entre SHL, Harrison ou combinação dependerá do objetivo: para seleção pura e
comparações globais, SHL costuma ser referência; para análise comportamental
aprofundada com foco em desenvolvimento e mobilidade interna, Harrison brilha.
Etapas para
implementar um assessment de competências estratégico
1. Diagnóstico e
alinhamento estratégico
Antes de implementar,
é fundamental que a alta liderança e o RH estejam alinhados sobre:
- Objetivos do assessment (seleção,
sucessão, mobilidade, retenção)
- Competências-chave do negócio e da cultura
- KPIs esperados e retorno de investimento
(ROI)
- Recursos (orçamento, pessoal, software)
Sem esse alinhamento,
o assessment corre risco de ser visto como “mais um teste” ou gerar resistência
interna.
2. Construção do
modelo de competências
Um modelo de
competências eficaz deve integrar:
- Competências técnicas essenciais
- Competências comportamentais (soft skills)
- Motivações e valores desejados
- Critérios de desempenho esperados
Esse modelo será usado
como espelho para comparar os perfis avaliados.
3. Seleção da(s)
ferramenta(s)
Com o modelo em mãos,
avalia-se qual ferramenta (SHL, Harrison ou híbrida) atende melhor:
- Adequação ao modelo
- Escalabilidade e usabilidade
- Integração com sistemas de RH
- Qualificação de consultores ou
certificações internas
4. Piloto e
calibração
Implementar um piloto
com grupo restrito é essencial para:
- Validar aderência do modelo
- Ajustar pesos e parâmetros
- Treinar avaliadores
- Melhorar comunicação interna
Esse piloto serve para
calibrar escalas e estabelecer confiança no processo.
5. Rollout e
operação em escala
Depois da fase piloto,
encaminha-se para aplicação em áreas mais amplas — seleção, movimentações,
planos de desenvolvimento, sucessão. Nessa fase:
- Automatização e integração com sistemas
- Treinamento contínuo dos usuários e
avaliadores
- Processos de debriefing bem estruturados
- Feedbacks e monitoramento contínuo
6. Medição de
impacto e evolução
Para justificar o
investimento e aprimorar o processo, é indispensável medir:
- Taxa de acerto em contratações
- Redução de turnover
- Evolução de desempenho dos avaliados
- Satisfação dos gestores e colaboradores
- ROI comparado com custos
Esse ciclo de
mensuração alimenta melhorias iterativas no programa de assessment.
Retenção,
engajamento e mobilidade interna
O assessment fortalece
o engajamento ao mostrar que a empresa investe no autodesenvolvimento das
pessoas. Colaboradores percebem que há clareza nos critérios de desenvolvimento
e promoção, o que gera transparência e menor rotatividade.
Além disso, a
mobilidade interna (promoção lateral ou vertical dentro da empresa) é
estimulada quando os profissionais veem possibilidades reais de crescer com
base em critérios claros e meritocráticos.
Planejamento
sucessório com menos risco
Em vez de indicar
herdeiros por afinidade ou preferência pessoal, o RH pode basear os nomes em
análises fundamentadas de potencial e preparo, minimizando riscos na transição
de liderança.
Ferramentas como
Harrison Assessments e SHL fornecem relatórios de readiness para promoção, que
ajudam a mapear candidatos promissores para cargos de maior responsabilidade.
Apoio ao mindset
data-driven no RH
Quando o RH começa a
operar com dados reais — scores, comparações, relatórios — ele eleva seu status
de parceiro estratégico no negócio. Isso permite que o RH dialogues com
finanças, operações e as demais áreas com argumentos quantitativos.
Esse movimento para RH
analítico (people analytics) já é observado nas grandes tendências globais: o
uso de assessment e tecnologia está no centro das pautas para 2025.
Exemplo nacional
A StautGROUP, no
Brasil, oferece soluções de assessment por meio da integração com Harrison
Assessments e SHL nos seus serviços.
Em sua atuação, a
StautGROUP já ajuda clientes a:
- Personalizar modelos de competências
- Interpretar relatórios de Harrison
- Integrar dados de assessment ao
planejamento estratégico
- Acompanhar os resultados e recalibrar
programas
Esse track record
comprova que o uso profissional e científico dessas ferramentas produz
resultados escaláveis e confiáveis.
Desafios e cuidados
na aplicação de assessments
Viés e validade
Mesmo boas ferramentas
estão sujeitas a vieses (culturais, de gênero, de idioma). É essencial:
- Realizar adaptação cultural
- Validar com amostras internas
- Garantir diversidade nos grupos de
calibração
Ferramentas renomadas
(como SHL e Harrison) costumam já possuir validações robustas, mas isso não
elimina a necessidade de customização local.
Resistência e
aceitação interna
Gestores podem ver o
assessment como “mais um teste burocrático”, ou colaboradores podem temer
rótulos. A solução: investimento em comunicação clara, workshops de
sensibilização e feedback efetivo.
Privacidade e ética
Dados psicológicos são
sensíveis. É preciso garantir:
- Consentimento consciente
- Confidencialidade
- Transparência quanto ao uso dos dados
- Limitação de acesso
Custo e retorno
esperado
Ferramentas
sofisticadas exigem investimento financeiro, técnico e de pessoal. O papel do
RH é demonstrar ROI por meio de KPIs claros e resultados que justifiquem o
custo.
Modelos de
competências envelhecem, a cultura muda, e novas demandas emergem. Portanto, o
process de assessment deve ser revisitado periodicamente para garantir
relevância.
Roadmap de
maturidade para assessment de competências
Podemos estruturar um
roadmap em três níveis de maturidade:
- Nível inicial
- Testes simples de personalidade ou
competências básicas
- Pilotos isolados
- Feedback manual
- Nível intermediário
- Ferramentas sofisticadas (SHL, Harrison)
- Integração com sistemas de RH
- Rollout em múltiplas áreas
- Relatórios de comparação
- Nível avançado / estratégico
- Modelos preditivos e de inteligência
artificial
- Dashboard de people analytics
- Realocação automática com base em dados
- Alinhamento entre assessment e estratégia
do negócio
Esse caminho exige
investimento, paciência e cultura orientada a dados. Mas as organizações que
alcançam esse estágio conseguem transformar o capital humano em vantagem
competitiva sustentável.
Um assessment de
competências bem desenhado e executado não é um luxo ou modismo: é um
investimento de médio e longo prazo que traz previsibilidade, coerência e
transformação ao RH. Ao unir ciência da psicometria, tecnologia e estratégia de
negócios, você transforma a gestão de pessoas em um ativo preditivo e
confiável.
Ferramentas como SHL
e Harrison Assessments já são referências no mercado, e oferecem
robustez, credibilidade e flexibilidade para atender diferentes maturidades e
objetivos de RH. Mas é essencial lembrar: não basta adotar a ferramenta — é
preciso integrá-la ao modelo de competências, calibrá-la localmente e garantir
cultura favorável à leitura de dados.
Nesse processo, contar
com uma consultoria experiente como a StautGROUP pode fazer toda a
diferença: desde a concepção do modelo até a análise dos resultados e evolução
contínua.
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